agosto 15, 2010

Controle, um poema fictício da vida real (!?)

Ah, o controle!

Aquele que temos sobre nossas ações
Sobre nossas razões
Aquele que temos sobre nossos peões
No tabuleiro da vida

Controle que queremos ter
Mas o alugamos a outrem
Por merrecas incertas
Por pouco tempo dizemos
Em breve de volta o teremos

E os anos se vão
Inexorável é o tempo
Mas o controle não
Esse eu tenho, não abro mão

A bexiga não mais responde
Ah, os reflexos se vão
Seria o controle ilusão?
Não! Não pode ser

Aquele que inexorável é
Apronta mais uma com a gente
Lá se vai o controle das mãos
Ufa, ainda sobra o da mente

Mente? Hã?
Sobre o que eu escrevia?
Escrevia? Não lembro
Lá se vai o pouco controle que se tinha

Não mais controlamos nossos cérebros
Ou seria o nosso cérebro indisposto
Cansado de perder seu tempo nos controlando? 
Não sei
Ele sabe
Já não mais importa!

O que?